VOZ QUE NÃO FALA
Pelo Espírito Meimei. Psicografia de Francisco Cândido
Xavier.
Livro: Escultores de Almas. Lição nº 03. Página 25.
Eu sou a
criança.
Ando pelo mundo, bastante incompreendida e também muito pouco
compreendendo do que se passa em meu derredor.
Muitos pais rejeitaram-me
obstinadamente sob os mais variados pretextos.
Evitam-me qual se eu lhes
fosse um flagelo sobre a Terra. Chegam a temer-me ansiosamente.
Outros,
privados da minha presença, lamentam-se e deploram a minha falta, qual a flor
buliçosa ausente do jardim.
Muitos exploram a minha inocência, abusam de
minha fragilidade e dilaceram as minhas esperanças.
Outros me abandonam,
quando mais necessito de carinho e de apoio.
Há, felizmente, os nobres
corações que se preocupam comigo. Que choram com o meu desamparo e choram a
minha fome, estendendo-me os braços fraternais através da bolsa
generosa.
Jesus, eu Te peço, Senhor:
- Multiplicai esses corações que
pulsam junto a mim, essas mãos que me afagam, essas mentes que me educam e
retificam.
Eu sou a criança.
Falo a voz de todas as línguas e de todos os
quadrantes do mundo.
Choro o pranto dos órfãos, choro a tristeza dos viciados
e suplico a misericórdia dos justos e a bondade dos felizes.
Eu sou a
criança.
Minha voz fala em silêncio, dirigindo-se a todos os corações que já
possam compreender.
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